Muito se fala sobre a "birra" que as crianças fazem, mas pouco se lembra de cuidar das emoções delas. Os momentos de choro e desespero da criança são resultado do excesso de sentimentos vivenciados dentro de um "serzinho" que ainda está contruindo a inteligência emocional necessária para entender o que acontece com ela.
Por conta disso, os pais precisam ser um guia emocional e entender que a criança está aprendendo a identificar, nomear e a regular os próprios sentimentos.
Uma criança que constrói sua inteligência emocional com a ajuda dos pais, saberá o que fazer ao sentir frustração, raiva, tristeza. Por isso:
1. Ensine a criança a NOMEAR o que ela sente
O primeiro passo para organizar os sentimentos é dar nomes à eles. Quando a criança identifica o que sente, ela pode entender-se melhor e, além disso, comunicar emoções e externalizar. Falar sobre o que sente permite que a criança aprenda a não reprimir suas emoções, o que poderia gerar muito mais problemas depois.
2. Permita que a criança se sinta SEGURA para desabafar
Para que ela aprenda a comunicar emoções, os pais precisam promover um ambiente seguro para isso.
Qualquer sinal de julgamento ou repreensão, logo fará a criança se fechar e evitar falar sobre o que sente. Não julgue os sentimentos dela, permita que ela mesma entenda que sentimentos negativos têm o mesmo espaço para existir, como os sentimentos positivos e que os dois são importantes de serem vivenciados.
3. Incentive a expressão
A arte, a música, a dança, o esporte, o trabalho com a horta, todas são atividades que permitem a criança expressar seus sentimentos no mundo. Por isso, aqui, na Montessoriana Escola Infantil, valorizamos muito essas práticas para que as crianças aprendam desde cedo a externalizar emoções e, a partir disso, criar e produzir.
Na vida, muitas vezes, os próprios adultos não foram ensinados a demonstrar seus sentimentos. Boa parte deles tende a fingir ou esconder sentimentos negativos e mostrar apenas o lado alegre. Mas sabemos como isso pode gerar adultos frustrados, irritados ou que não sabem entender como se sentem para se autogerenciar.
Não vamos permitir que nossas crianças cresçam assim também. Façamos por elas o que queríamos que tivessem feito por nós. Que elas possam crescer livres para sentir, se expressar e serem autenticamente quem desejam ser.
Invista em inteligência emocional. Isso muda as pessoas e muda o mundo.
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